Rebaixado para a Segunda Divisão do futebol mato-grossense,
ano passado, após a pior campanha de sua história, pela segunda vez, o que mais
poderia acontecer com o Mixto? Sim, acredite se quiser: ‘o mais querido de Mato
Grosso’, dono de mais títulos e clube mais afamado fora do Estado, torce para
um milagre acontecer no próximo sábado para não permanecer na Segundona.
Ao empatar em 1 x 1 com o Araguaia, no Dito Souza, na tarde
do último domingo o alvinegro praticamente deu adeus às chances de
classificação para o acesso. Como o primeiro colocado Academia, de
Rondonópolis, já subiu, e, o segundo, Sport Sinop tem dois pontos a mais na
tabela, só uma hecatombe pode mudar isso.
Com 6 pontos, se vencer o já classificado Academia, na
última rodada, o Mixto chegaria a 9 pontos. O problema é que o Sinop tem 8 e
encara o mesmo Araguaia, que aliás, jogou a partida de domingo como se fosse
uma final de Copa do Mundo. O comportamento surpreendente do clube eliminado de
Barra do Garças, levantou muitas suspeitas. De time mais vazado da competição,
de repente o Galinho da Serra’ virou um Leão, e o goleiro o herói da partida.
Pior que isso foi constatar a ridícula apresentação
alvinegra, que salve raríssimas exceções, ficou mais parecida com pelada de
futebol amador do que um jogo decisivo. Diante disso a reportagem de A Gazeta
tentou ouvir o presidente do clube alvinegro, Vinícius Falcão e o técnico
Eduardo Henrique, mas nenhum dos dois quis falar; nem mesmo sobre a triste
realidade que levou um clube com tanta história a sucumbir.
Nos bastidores, não sobraram críticas: “Fiquei com vergonha
vendo esse time jogar, não tem nada do Mixto, triste!”, comentou o ex-goleiro
Washington Dornelles, ídolo do clube entre os anos 1970 e 80.
A Gazeta (foto: assessoria/arquivo)