Verdão recorre a instância superior, tentando provar que
fez pedido dentro do prazo e obrigar TJD-SP a julgar o mérito do caso.
Palmeiras cumpriu o prometido e entrou nesta quarta-feira
com uma ação chamada "mandado de garantia" no Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para que o órgão obrigue o TJD-SP a
analisar o mérito do pedido de impugnação do segundo jogo da final do
Campeonato Paulista, vencida pelo Corinthians nos pênaltis, com a alegação de
que houve interferência externa na decisão da arbitragem de anular um pênalti
de Ralf em Dudu.
Paralelamente a isso, o Palmeiras entrou com recurso no
TJD-SP, questionando a decisão do presidente do órgão, o delegado Antonio Olim,
divulgada na última sexta-feira, de indeferir o pedido de impugnação sem julgar
o mérito, alegando expiração do prazo. Sem o julgamento do mérito, o
Palmeiras não poderia recorrer ao STJD. Daí a estratégia agora dos
advogados do Verdão de entrarem nesta quarta com o chamado "mandado de
garantia". A ideia é provar que a decisão de Olim de
indeferir o pedido alegando "expiração do prazo" não se
sustenta.
O Código Brasileiro de Justiça Desportiva diz que um pedido
de impugnação de resultado deve ser protocolado "em até dois dias depois
da entrada da súmula na entidade de administração do desporto". A súmula
da final do Paulistão foi publicada às 21h25 de 8 de abril(domingo,
data da decisão do Paulistão. O e-mail do Palmeiras com o pedido de impugnação
foi enviado às 21h22 de terça-feira (10 de abril) – ou
seja, três minutos antes da expiração do prazo.
Nos bastidores do Palmeiras, a expectativa de ter sucesso no
Tribunal presidido por Antonio Olim, em São Paulo, nunca foi muito grande. Isso
porque o clube e a Federação Paulista vêm travando disputas públicas desde o
início da temporada. Daí a ideia de recorrer agora ao STJD.
Depois de reunir imagens da confusão em sua arena e até
contratar uma empresa para investigar o caso, o Palmeiras alega ter provas de
que o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza voltou atrás na decisão após
receber informações de fora.
Além do STJD, o Palmeiras ainda pode recorrer ao CAS, corte
desportiva internacional.
Fonte: GE
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