Iniciou no último final de semana, dias 14 e 15 de abril e segue hoje e amanhã a
competição de elite do nosso futebol, o Campeonato Brasileiro da Série A. A
partir daí estarão atuando em campo o que de melhor o futebol nacional possui
em termos de atletas, árbitros, técnicos. No que se refere a arbitragem, se
tomarmos como parâmetro os campeonatos estaduais, os árbitros e assistentes não
terão vida fácil pela frente. Nestas competições, se repete a indesejável
tentativa de pressão e condicionamento aos árbitros. Nesse contexto, jogadores
mostram-se exaltados, cercando, discutindo e colocando o dedo na cara de
árbitros e assistentes.
Também assistimos à irritante catimba e, igualmente, desonesta
simulação de faltas, tentativa de ludibriar a arbitragem. Há os que saúdam tal
atitude como positiva enquanto símbolo da ‘esperteza’ do jogador brasileiro,
trapaça que pode ser traduzida na condenável “lei de Gerson” – levando vantagem
em tudo, certo.
Exemplo ilustrativo dessa tentativa de pressão foi durante a
final do Campeonato Paulista, no último domingo, quando da anulação de um
pênalti contra o Corinthians e a favor do Palmeiras gerou tumulto, paralisando
o jogo por oito minutos. Os jogadores dos dois clubes cercaram o árbitro,
Marcelo Aparecido de Souza, usando de tom inflamado.
Para efeito de comparação, observe-se o comportamento dos
jogadores da Juventus na última quarta-feira, nas quartas de final da Liga dos
Campeões, quando na marcação de um pênalti para o Real Madrid, no último minuto
de jogo. A indignação dos atletas da Velha Senhora (em italiano Vecchia
Signora, como também é conhecida a Juve) em nada se compara com o cerco à
arbitragem promovido pelos jogadores na final do Campeonato Paulista.
Apitar jogos do Campeonato Brasileiro não é tarefa para os
fracos, além de profissionalismo é preciso – como escreveu o grande
compositor/cantor gaúcho, Lupicínio Rodrigues: “é preciso ter nervos de aço”.
Boa sorte às mulheres e homens do apito e das bandeiras em mais
esta empreitada.
Por BLOG DO SIMON
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