Há um ano, os dirigentes e torcedores do Atlético-PR foram surpreendidos com a prisão do meia Luciano Cabral. O jogador estava passando o fim de ano com a família em General Alvear, sua cidade natal, na Argentina, quando foi acusado de participar do homicídio de um jovem na madrugada de 1° de janeiro de 2017.
Um ano depois, a situação de Luciano Cabral segue indefinida e cada vez mais enrolada. Após o crime, o jogador acabou detido e não saiu mais da prisão. Além da suspeita de envolvimento, que teria a participação também de seu pai e um primo, as investigações identificaram DNA da vítima em um tênis do jogador. Ele foi oficialmente denunciado.
O drama de Luciano Cabral começou no dia em que o corpo Joan Villegas, 27 anos, foi encontrado morto com afundamento do crânio. A mãe da vítima foi uma das primeiras a acusar o jogador e seus familiares de terem participado. Segundo ela, um desentendimento aconteceu nas ruas em meio à madrugada de comemoração das festas de Ano Novo.
Cabral nega envolvimento e afirma que não estava no local. Ele disse que esteve na casa de sua tia e depois foi para a casa dos sogros durante as comemorações. No entanto, no dia 4 de janeiro, ele acabou preso quando foi até a delegacia para prestar depoimento de forma espontânea. Depois disso, acabou transferido para uma penitenciária, onde segue.
O jogador nunca falou com a imprensa brasileira. Para alguns canais de rádio e televisão argentinas, ele sempre afirmou ser inocente. Em uma delas, lamentava temer pelo fim de sua carreira como jogador de futebol.
- Destruíram minha carreira. Eu não tenho que estar aqui. Deveria estar atrás de uma bola - teria dito o jogador.
Comparado à Riquelme
Luciano Cabral foi anunciado pelo Atlético-PR em junho de 2016 como uma revelação do futebol sul-americano. Com 21 anos na época, ele foi emprestado pelo Argentino Juniors com contrato válido até metade de 2017. Nascido na Argentina, ele é naturalizado chileno e olhado com atenção desde que foi apontado por Riquelme, no final de 2014, como seu sucessor no meio de campo.
Apesar de suas boas credenciais, Luciano Cabral não desencantou no Atlético-PR. Ele foi pouco utilizado durante pouco mais de seis meses que esteve no clube, em parte por ter sofrido um edema ósseo no tornozelo no início de novembro. O contrato com a equipe rubro-negra terminou em junho de 2017, mas o Atlético-PR não confirma se ele foi rompido anteriormente com o Argentino Juniors.
A reportagem do GloboEsporte.com entrou em contato com o presidente do Atlético-PR, Luis Sallim Emed, que preferiu não se pronunciar.
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