O posto na zona da degola nesta reta final de Brasileirão implica ao Inter cuidado e atenção total a todos os detalhes, por menores que sejam, nos quatro jogos restantes para evitar o primeiro rebaixamento de sua história. Em especial, devido ao histórico da equipe na competição. De fato, o Colorado tem pecado até mesmo em situações triviais, como comprova o retrospecto de ser a equipe que mais perdeu por 1 a 0 no Nacional até aqui.
Passadas 34 rodadas, o Inter sofreu 11 de suas 16 derrotas pelo placar mínimo, a exemplo do que ocorreu no último domingo, contra o líder Palmeiras, em São Paulo. O montante equivale a 68,75% dos tropeços e a 32,5% de todos os jogos disputados na competição até aqui. Não bastasse, o Colorado ainda foi batido por um gol de diferença em outras três partidas: nos 3 a 2 para Figueirense e Botafogo e no 2 a 1 para o Atlético-PR. A segunda equipe que mais perdeu pelo placar mínimo é o Furacão, com 9 tropeços.
O quadro atual contrasta ainda com o panorama apresentado pela equipe no Brasileirão de 2015. No ano passado, o Inter se manteve na luta por uma vaga na Libertadores de 2016 até a última rodada, apoiado em uma campanha com nove das 17 vitórias construídas pelo placar mínimo.
O cartel de derrotas por 1 a 0 não impede, porém, o técnico Celso Roth de ver evolução em sua equipe, que apresenta mais "organização" em campo a cada rodada. De acordo com o comandante, falta, de fato, aparar os "detalhes" para chegar à vitória, em meio ao crescimento de rendimento. Diante do Palmeiras, o desajuste se manifestou na bola parada, em sobra de escanteio aproveitada por Cleiton Xavier.
– A equipe entendeu como deve jogar, a fazer partidas equilibradas. O detalhe é a vitória. Chegamos ao Inter com um time desequilibrado tecnicamente. Fizemos as mudanças necessárias. O Inter está mais competitivo, mais organizado, mas o resultado não está vindo. Sem rendimento, não conseguiremos a vitória. Precisamos seguir neste caminho. Foi um jogo muito pobre, de luta, em que o Palmeiras teve a felicidade de fazer o gol na bola parada – afirmou Roth.
O retrospecto ainda pede que a equipe redobre os cuidados para evitar novos sustos dentro do Beira-Rio no duelo com a Ponte Preta, no próximo dia 17 – em especial, devido ao empate recente contra o então lanterna Santa Cruz. Somar os seis pontos restantes em casa são passo essencial da equipe na luta contra a degola. O outro adversário em casa será o Cruzeiro.
– Nós precisamos seguir neste caminho. Existe a desconfiança, mas estamos procurando o nosso melhor. O melhor não é só rendimento. É a vitória. Temos que procurar no próximo jogo. Não podemos deixar escapar chances em casa, que foi o que ocorreu contra o Santa Cruz. Com todo o respeito ao Santa Cruz. Precisamos ter noção – ressalta o treinador.
O elenco do Inter retoma os trabalhos nesta quarta-feira, com treinos em dois turnos no CT do Parque Gigante. O Colorado amarga atualmente a 17ª colocação na tabela, no Z-4, com 38 pontos. Tem um a menos que o Vitória, primeiro integrante fora da zona da degola. A equipe volta a campo no próximo dia 17, às 21h, quando recebe a Ponte Preta no Beira-Rio, pela 35ª rodada do Brasileirão.
Fonte: Expresso MT
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