Jogador de goalball já conquistou duas medalhas nos Jogos
Paralímpicos e ajudou a Seleção Brasileira a ser bicampeã mundial na modalidade.
Integrante da Seleção Brasileira masculina de goalball desde
2007, Romário Marques vai disputar a quarta Paralimpíadas, desta vez,
representando Cuiabá. Natural de Natal-RN, atualmente o jogador compõe a equipe
do Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (ICEMAT). O experiente atleta
bateu na trave nos Jogos Paralímpicos de 2012, em Londres, ajudando na
conquista da medalha de prata. Agora, o objetivo é alcançar o sonhado ouro em
Tóquio, com uma equipe que chega forte para disputar o título.
Romário já nasceu envolvido com o esporte. O nome é uma homenagem
ao craque campeão da Copa do Mundo com o Brasil em 1994, graças à idolatria de
seu pai pelo ‘baixinho’. Pela seleção de goalball, Romário já participou das
Paralímpiadas de Pequim 2008, foi prata em Londres 2012 e conquistou o bronze
no Rio de Janeiro em 2016. No currículo, o atleta ainda tem o bicampeonato
mundial na modalidade e ajudou o país a ser tricampeão Parapan-Americano.
“É uma satisfação imensa representar nossa pátria e agora
Mato Grosso nos Jogos Paralímpicos. Isso é a realização de um sonho de qualquer
atleta. A nossa equipe está bem focada, ainda não temos esse ouro e é o que
falta entre as conquistas. Se Deus quiser e com muita união do grupo vamos
alcançar esse tão sonhado objetivo”, destacou Romário.
Aos 31 anos, Romário é um dos atletas mais experientes da
Seleção Brasileira. O goalball surgiu em sua vida em 2005 e, dois anos depois,
o versátil jogador já integrava o time que representa o país na modalidade. Em
razão da pandemia de Covid-19, as competições foram paralisadas, mas o elenco
se encontra a cada 15 dias, em São Paulo, para realizar treinamentos em
conjunto, visando a preparação e o entrosamento para disputar os Jogos.
“Temos uma equipe forte para conseguir esse título. Já
ficamos com a prata em 2012 e o bronze em 2016. Estamos muito focados em
conseguir, enfim, o ouro. Sabemos que é difícil por ser um ano atípico. Mas os
treinamentos estão intensos. Nos encontramos a cada duas semanas, com todo o
apoio e suporte do Comitê Paralímpico para desenvolver o nosso trabalho. Se
Deus quiser e com muito esforço vamos atrás dessa medalha”, afirmou.
O atleta integra a equipe do ICEMAT dede janeiro deste ano.
Como a pandemia impede a realização de competições, Romário treina na
modalidade online e pratica a parte física na academia do Instituto.
“A estrutura do ICEMAT é boa, com quadra e equipamentos.
Hoje em dia é uma coisa difícil encontrar uma instituição com uma quadra
adequada para nós atletas de goalball treinarmos. Algumas coisas precisam ser
melhoradas, mas com toda a experiência que eu tenho no processo, vejo que a
estrutura lá é boa para a preparação”, pontuou.
Romário destaca que é um jogador polivalente e está em
transição para jogar como pivô. Em sua trajetória de 14 anos na Seleção, ele
atuou como ala, mas com a experiência adquirida, passa para a posição que
orquestra os movimentos da equipe.
“Por ser versátil, consigo jogar nas três posições. O
pivô é quem tem mais responsabilidade em quadra, como se fosse o capitão do
time e quem comanda o jogo”, explicou.
O embarque para disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio
acontece no dia 5 de agosto. A cerimônia de abertura na capital japonesa está
marcada para o dia 24 do mesmo mês. O Brasil irá competir em 20 das 22
modalidades que compõe o programa. Além de Romário, o elenco Seleção Brasileira
masculina de goalball tem como convocados: Alex “Labrador”, Emerson da Silva,
José Roberto Ferreira, Parazinho e Leomon Moreno.
Por: Gabriel Barros / Olhar Esportivo