Time catalão também é quem destina maior fatia de suas
receitas para pagar o elenco: 77%. Real Madrid, com R$ 2 bilhões, e PSG, com R$
1,5 bilhões, completam o pódio
Os dados fazem parte do relatório financeiro anual elaborado
pela Uefa, divulgado nesta quinta-feira, e que corresponde ao ano fiscal de
2018. O estudo também aponta o Barcelona como o clube que gasta a maior fatia
de suas receitas para arcar com seu elenco profissional. Ao todo, 77% do
faturamento do clube vai para arcar com Messi e companhia.
De acordo com o estudo, os gastos do Barça em salários
aumentaram 40% em relação ao ano anterior, em 2017. Foi o primeiro ano completo
de Messi com seu atual contrato. O clube também incorporou Philippe Coutinho e
Dembélé.
Top-10 clubes que mais gastam com salários (2018)
# Clube Gasto %
do total da receita
1 Barcelona € 529m (R$ 2,4bi) 77%
2 Real Madrid € 431m (R$ 2bi) 57%
3 PSG € 337m (R$ 1,5bi) 62%
4 Man. United € 334m (R$ 1,5bi) 50%
5 Bayern de Munique € 315m (R$ 1,4bi) 50%
6 Man. City €
314m (R$ 1,4bi) 56%
7 Liverpool € 298m (R$ 1,3bi) 58%
8 Chelsea € 275m (R$ 1,2bi) 55%
9 Arsenal € 271m (R$ 1,2bi) 60%
10 Juventus € 261m (R$1,2bi) 65%
Fonte: Uefa
Segundo colocado, o Real Madrid aumentou suas despesas para
pagar o elenco apenas em 6%. O PSG, por sua vez, contou com acréscimo de 24% em
relação a 2017, após fechar seu primeiro ano completo com Neymar e Mbappé no
time.
Completam o Top-10 do estudo Manchester United, Bayern de
Munique, Manchester City, Liverpool, Chelsea, Arsenal e Juventus, nessa ordem
(confira a tabela acima).
A lista dos 10 times que mais gastam com seus elencos é
quase a mesma apontada pela consultoria “Deloitte”, com os clubes mais ricos do
mundo. Há apenas uma diferença: o Chelsea aprece como nono time com maior
faturamento, mas não está entre os que mais gastam com seus jogadores. No lugar
dele, aparece o Arsenal, 11º no ranking da “Deloitte”.
O relatório da Uefa também indica, entre vários itens, que a
receita dos 30 clubes mais ricos da Europa é a mesma que valor arrecadado por
todos os 682 demais clubes usados no estudo somados.
– O relatório destaca várias ameaças à estabilidade e ao
sucesso contínuo do futebol europeu. Isso inclui os riscos de polarização da
receita impulsionada pela globalização, de um cenário fragmentado da mídia e de
casos de dependência excessiva da receita vinda de transferências – alerta
opresidente da Uefa, Aleksander Ceferin.