Com medidas de sofrimento – algo comum em sua história –
o Atlético venceu o La Equidad, por 2 a 1, na noite desta terça-feira, em
confronto disputado no Independência. Na próxima partida, na semana que vem, o
Galo precisa de apenas um empate para avançar as semifinais da Copa
Sul-Americana.
O Galo foi bem durante a partida. Um fator que dificultou
a vida alvinegra foi o gol sofrido logo aos 3 do primeiro tempo. Com isso, o La
Equidad se fechou e obrigou o Atlético a ficar atacando quase a totalidade dos
90 minutos. Com muita capacidade, e com os dois volantes, Jair e Elias, a
equipe mineira conseguiu a virada.
O jogo – Não demorou até o placar da partida ser aberto.
Em cruzamento na área, Elias não conseguiu tirar e acertou Motta. O árbitro não
teve dúvidas para marcar a penalidade. Na cobrança, Camacho colocou a bola do
lado contrário ao goleiro Cleiton e saiu para comemorar.
A partir dos 15 minutos, só deu Atlético. Já com o
resultado contrário, o Galo foi com tudo para o ataque. Eram tentativas de
vários lugares, espremendo o La Equidad em seu campo adversário. Os zagueiros
atleticanos estavam na linha de meio campo, Jair, primeiro volante, quase junto
a eles, e o restante do time nos pontos à frente. Em determinados momentos, um
dos zagueiros avançavam até o ataque em busca de aparecerem como elementos
surpresas.
O Atlético massacrava o La Equidad. Eram momentos longos
no ataque, sem tempo para respirar, com os dois laterais avançados. O técnico
Humberto Sierra estava desesperado com a situação de sua equipe em campo, pois,
apesar de ter o resultado a favor, levaria um gol em instantes – isso era claro
afinal o clube mineiro atacava de todas as maneiras.
Aos 20, em boa troca de passes, a redonda chegou em
Ricardo Oliveira que deixou para Cazares. O meia chutou e o goleiro Novoa teve
muito trabalho para buscar no cantinho. A bola ainda beijou a trave antes de
sair. Sete minutos mais conseguiu seu gol.
Em cobrança de falta de Cazares, aos 27, a bola chegou em
Igor Rabello que conseguiu escorar e deixar a redonda limpa para Jair, sem
marcação, dentro da área. O volante pegou forte, com a parte de cima do pé, e
colocou para dentro.
Após o gol, o Galo não tirou o pé. A equipe mineira
seguiu atacando, sem dar espaços, sem sossego, sem tempo para respirar. Aos 37,
em novo cruzamento de Cazares na área, Rever, de peixinho, desviou forte de
cabeça e o goleiro teve dificuldades para defender. A bola ainda pegou na
trave.
No finalzinho o La Equidad conseguiu chegar com perigo. Após
vacilo da Rever, o contra-ataque se tornou possível e o atacante da equipe
colombiana ficou só com Igor Rabello na frente. O defensor atleticano, porém,
fechou bem os espaços e conseguiu evitar o pior.
Na volta do intervalo, o Galo seguiu ativo no ataque. A
equipe alvinegra novamente não dava espaços e atacava com volume muito alto.
Aos 6, em velocidade, Patric colocou na área e Ricardo Oliveira desviou de
cabeça.
O jogo ficou previsível. Era o Galo atacando, tentando
com volume, mas encontrando um adversário fechado, sem se arriscar muito,
buscando algum contra-ataque.
Aos 20 o jogo voltou a ganhar em emoção. Em cruzamento na
área, Jair caiu após carga nas costas. O árbitro, após longo tempo verificando
junto ao VAR, marcou o pênalti. Na cobrança, porém, Cazares ficou nas mãos do
goleiro, mas Otero colocou para dentro. O juizão, todavia, novamente auxiliado
pelo árbitro de vídeo percebeu que o venezuelano invadiu a área e anulou o gol.
Poucos minutos depois, outro lance decisivo para o jogo.
Ethan Gonzalez deixou o braço no rosto de Rever e foi expulso. Com um a mais e
com volume e intensidade, o Atlético não deu mais folego.
Aos 34, o Galo fez o gol da tranquilidade. O volante
Elias recebeu a bola no meio, carregou por alguns passos e chutou forte. O goleiro
não contava com a curva da bola e falhou, deixando a redonda entrar.
Gazeta Esportiva (foto: assessoria)
Tags
Futebol