Foi com emoção e sofrimento. “Se não tem sofrimento, não tem
Galo”. A frase simboliza exatamente o que é o Atlético em decisões, sempre tem
uma dificuldade, um trabalho para se superar, uma emoção além da conta. Não foi
diferente contra o Union La Calera, duelo na noite desta terça-feira, no
Independência, em confronto válido pela segunda fase da Copa Sul-Americana. O
jogo ficou empatado sem gols no tempo normal e o clube mineiro venceu por 3 a 0
nos pênaltis, com três defesas do goleiro Victor.
O Atlético encontrou muita dificuldade diante do bem
treinador Union La Calera. A equipe pouco pressionou no primeiro tempo e, se
analisar de uma forma geral, a equipe chilena foi superior. Na etapa
complementar, o Galo cresceu e conseguiu o gol para levar para a disputa de
pênaltis.
Toda dificuldade que o La Calera impôs no tempo normal – nas
duas partidas – falhou nos pênaltis. Os atletas mandaram sempre no mesmo canto
e o goleiro Victor pegou todas as cobranças. Pelo lado atleticano, Luan, Léo
Silva e Fábio Santos converteram suas cobranças.
O Galo agora se prepara para o duelo contra o CSA, pelo
Campeonato Brasileiro. Pela Copa Sul-Americana, a equipe vai enfrentar o
vencedor de Botafogo e Sol de América, em data ainda a ser divulgada.
Precisando do resultado, era esperado que o Atlético se
mandasse para o ataque com toda força que tinha para conseguir logo um gol e
tentar a virada sem precisar ir para os pênaltis. No entanto, o que se viu em
campo foi algo bem diferente.
O relógio do árbitro virou para 12 minutos quando o Galo
chegou pela primeira vez ao ataque. E foi em um lançamento de Cazares para
Ricardo Oliveira, mas o bandeira apontou posição irregular do camisa 9 do Galo.
Antes disso, o La Calera conseguia fazer seu futebol com mais qualidade e,
embora não tivesse chances claras, preocupava o clube da casa.
Isso era explicado pela maneira como cada equipe se
comportava em campo. O Atlético tinha postura mais conservadora e tinha
dificuldades de sair trocando passes. O clube chileno, por sua vez, pressionava
a saída de bola do Galo, e quando tinha a bola nos pés conseguia segura-la por
mais tempo, valorizava a posse.
O Atlético melhorou consideravelmente após os 13 minutos.
Luan caído pela esquerda se encontrou na partida e passou a contribuir dando
mais possibilidades na armação – já que Cazares era bem marcado. Aos 14, Patric
recebeu ótimo lançamento e por pouco não abriu o placar. No minuto seguinte,
Ricardo Oliveira recebeu na frente, driblou o goleiro e colocou a bola no fundo
das redes. No entanto, o auxiliar dedurou impedimento.
Na medida em que o tempo foi avançando, o jovem técnico
Francisco Meneghini passou a se irritar em campo. Seu time não conseguia
cumprir o que fora combinado previamente. As chegadas eram apenas com chutes de
longa distância.
A partida perdeu em qualidade após os 30 minutos. O Galo não
conseguia criar e o La Calera também parava na defesa alvinegra.
Na volta para a etapa complementar, o Atlético precisou
fazer alterações. O meia Cazares saiu para a entrada de Chará e Ricardo
Oliveira deixou o gramado para a entrada de Alerrandro. As dificuldades, porém,
seguiam as mesmas. O Union La Calera conseguia dominar melhor a partida. As
equipes, todavia, criavam pouco. Para o clube chileno era importante, cada
minuto era precioso e amarrava o duelo todo.
O Galo passou a pressionar muito após os 20 minutos. Eram
várias chegadas com perigo, a principal delas com Alerrandro pela esquerda. A
bola ficou pingando na área e ninguém conseguiu aproveitar. No minuto seguinte
saiu o gol do Atlético.
Em uma bela jogada de Luan, a bola chegou em Elias que
cruzou na medida para o garoto empurrar para o fundo das redes e comemorar. O
tento deu a tranquilidade que o Galo precisava.
Pênaltis
Bou – Victor Defende
Fábio Santos – Gol
Leyton – Victor Defende
Luan – Gol
Larondo – Victor Defende
Léo Silva – Gol
Gazeta Esportiva (foto: Douglas Magno/AFP)
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