No último fim de semana, Cuiabá foi sede da etapa regional
Centro-Norte da competição de xadrez para cegos.
A etapa regional Centro-Norte da Copa Brasil de Xadrez para
Deficientes Visuais movimentou Cuiabá no último fim de semana. A competição
reuniu participantes de Mato Grosso, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, Bahia, Distrito Federal e Minas Gerais de 24 a 26 de maio.
Com o objetivo de congregar os enxadristas cegos ou com
baixa visão, com vistas à promoção, ao incentivo e ao desenvolvimento da
prática do xadrez, a competição foi realizada pela Federação Brasileira de
Xadrez para Deficientes Visuais (FBXDV), em parceria com a Associação
Rondonopolitana de Deficientes Visuais, Federação Mato-Grossense de Xadrez e
Associação Mato-Grossense dos Cegos. A Secretaria de Estado de Cultura, Esporte
e Lazer (Secel), que possui uma coordenadoria de esportes de inclusão, também
apoiou o evento.
Participaram nessa etapa 23 competidores que, além da vaga
para a etapa final da Copa do Brasil, buscam superar suas limitações com as
vantagens do jogo de tabuleiro que propicia o desenvolvimento da atividade
intelectual.
De acordo com o diretor técnico da Federação Mato-Grossense
de Xadrez, Cleiton Marino Santana, o jogo de tabuleiro traz inúmeros benefÃcios
a todas as pessoas, como aumento da concentração, do aprendizado e da
memorização, e que a adaptação possibilitou levar esses e outros ganhos aos
deficientes visuais.
“A prática do xadrez para os deficientes visuais proporciona
primeiramente a inclusão dos deficientes no esporte, pois, muitas vezes os
deficientes são excluÃdos no processo esportivos devido à s suas limitações,
porém, o xadrez, assim como outros esportes, promove a inclusão social e
possibilita também o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social do
praticante”, explica Cleiton.
Apesar de permitir a disputa entre enxadristas com
deficiência visual com pessoas que enxergam normalmente, o xadrez para cegos
têm algumas adaptações. As casas pretas têm altura diferente das brancas e
as peças encaixam em furos feitos no tabuleiro - para que não caiam
enquanto o enxadrista faz a leitura de jogo com as mãos. E são usados
dois tabuleiros em vez de um. Assim cada jogador reproduz no seu próprio
tabuleiro a jogada anunciada pelo adversário. Anunciados em voz alta pelo
oponente, os movimentos são anotados, no caso dos que possuem uma visão mÃnima,
ou gravados.
Na etapa regional Centro Norte realizada em Cuiabá foram
premiados os participantes nas categorias Absoluto, feminino, sub 1800, sub
2000, Juvenil e Sênior.
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