A Polícia Civil de São José dos Pinhais, região
Metropolitana de Curitiba, ouviu quatro testemunhas que estavam na casa da
família Brittes, na terça-feira, quando o jogador Daniel foi espancado antes de
ser morto e ser deixado em um matagal, e os relatos contradizem as versões
dadas pelos suspeitos do crime, entre eles, o assassino confesso Edison
Brittes .
O jogador Daniel Corrêa foi assassinado no dia 27 de outubro
Os depoimentos foram divulgados pela TV RPC Curitiba e
as identidades não foram reveladas. Duas das pessoas, por exemplo, afirmaram
que Edison Brittes saiu da casa por volta das 8h para buscar bebida. Contaram
também que não viram a porta do quarto do casal arrombada e que não ouviram
gritos de socorro de Cristiana Brittes , que afirmara
anteriormente ter que Daniel havia tentado estuprá-la.
Duas das testemunhas afirmaram que ouviram Edison falar em
certo momento que “isso é que acontece com mulher de bandido”. Uma das pessoas
que presenciou o crime disse que Cristiana em certo momento falou para sua
filha Allana Brittes : “não deixa seu pai fazer isso dentro da
minha casa, você sabe como ele é”. E uma outra afirmou que o jogador chegou
a pedir socorro: “não quero morrer”.
Confira a sequência de relatos que contradizem versões
dos acusados
A primeira testemunha ouvida relatou que mãe e filha não
fizeram nada enquanto o jogador era agredido e que ela tentou ligar para o
Serviço de Atendimento Mível de Urgência (Samu), mas Edison não deixou. Ela
contou que a porta não tinha sinais de arrombamento e que viu Daniel ser arrastado
por Edison, que o deixou na garagem e depois saiu de casa com uma faca de
cozinha dizendo que “matariam o cara”.
A segunda testemunha disse à Polícia que foi procurada pela
família Brittes e o empresário disse o que ela devia relatar, que o atleta
estava bêbado e saiu de casa andando. Ela contou também que ouviu pedidos de
socorro de Daniel, que com a voz sofrida dizia: “alguém me ajuda, eu não quero
morrer, socorro”.
A terceira testemunha contou também ter sido chamada por
Edison para dizer que o jogador havia saído a pé de casa, que tentou impedir a
agressão, mas foi empurrada no momento e que o empresário pediu desculpas por
elas terem presenciado a cena.
A quarta e última testemunha ouvida pelas autoridades na
terça também contou que não viu sinais de arrombamento na porta do quarto e que
Edison e mais duas pessoas arrastaram Daniel até a calçada e continuaram
batendo nele com chutes.
Delegado negou tentativa de estupro
O delegado Amadeu Trevisan, da Polícia Civil de São José dos
Pinhais, disse em coletiva que não por parte do jogador contra
Cristiana Brittes, mulher do assassino confesso, Edison Brittes.
Após ouvir testemunhas do caso, Trevisan afirma que ninguém
que estava na casa naquela manhã de sábado disse ter ouvido qualquer grito de
socorro por parte de Cristiana, conforme relatou Edison.
“A versão da tentativa de estupro, que nós estamos
desconfigurando agora, com essas testemunhas, e bem como o arrombamento da
porta também. Para nós, o Daniel simplesmente estava na cama”, disse o
delegado.
“Não houve a tentativa de estupro, mesmo porque o Daniel
estava com 13,4 decigramas de álcool no sangue. Então, ele estava muito embriagado,
estava muito aquém de conseguir realizar algum estupro”, completou.
Daniel Corrêa estava emprestado pelo São Paulo
ao São Bento. Ele foi revelado pelo Cruzeiro, jogou pelo Botafogo, Ponte Preta
e Curitiba. A morte aconteceu na manhã do dia 27 de outubro e o corpo do
jogador foi deixar em um matagal com o órgão sexual decepado.
Fonte: Cidade nos Esportes
Tags
Geral
