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CBF impõe times femininos para clubes da Série A; Emily Lima condena decisão


(TORCEDORES)
A ex-jogadora e agora treinadora do time feminino do Santos, Emily Lima, em entrevista a Uol Esportes, não achou que essa decisão será benéfica. “Dois clubes grandes me ligaram para saber como montar uma estrutura de futebol feminino. Eu perguntei se eles queriam fazer um trabalho de desenvolvimento de um time vencedor ou só para cumprir a obrigação. A resposta dos dois foi de que queriam cumprir a obrigação.” Ela não revelou quais foram os clubes.
Ainda sobre isso, ela acredita que as punições serão cruciais para as mudanças serem realmente efetivas. “É complicado. Minha busca é ir para fora do país.”, completa a treinadora, que foi a primeira mulher a comandar a seleção brasileira.
Essa dúvida de Emily tem embasamento; a CBF diz que clubes com salários atrasados por mais de 30 dias devem perder 3 pontos por jogo até que pague o que deve. Mas nenhum clube foi penalizado com isso.
Os clubes “de camisa”, como as jogadoras chamam os times masculinos celebrados, se mostram sem planejamento para 2019. Cruzeiro e Palmeiras, ainda de acordo com o Uol Esporte, ainda não decidiram que modelo irão seguir; se vão montar um time feminino do zero ou se vão propor parcerias com clubes já existentes.
Mesmo com imposições dos órgãos mais importantes do futebol, as meninas ainda seguem sem saber como serão os próximos anos. Algumas atletas falaram que não sentiram o mercado aquecer com essa necessidade.
As garotas acreditam que, para começar a mudar, CBF e Conmebol terão que pegar pesado com quem não cumprir as regras. Só assim os clubes poderão sentir.

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