O município de Três Lagoas/MS, localizado na divisa do estado de São Paulo sempre despontou no esporte, revelando bons atletas para o cenário nacional.
Quem não se lembra da pivô Ruth Roberta da seleção brasileira de basquetebol feminino, da era Hortência, Paula & Cia, campeão mundial na Austrália em 2004. Do campeão mundial Zequinha Barbosa, recordista mundial indoor nos 800 metros rasos em 1987 em Indianápolis (EUA), prata no Mundial de pista coberta em Budapesta (Hungria) em 1989 e com 4 participações em Jogos Olimpicos.
Agora, o município vem se tornando uma referência dentro do estado Mato Grosso do Sul (MS) na modalidade de vôlei de praia encerrando a temporada 2017 do Circuito Brasileiro Banco do Brasil de Vôlei de Praia em 3º lugar no ranking geral.
Uma tarefa nada fácil, mas as meninas de Três Lagoas conseguiram bons resultados, somando as quatro etapas existentes no ano de 2017, onde obtiveram duas terceiras colocações, uma segunda e um primeiro lugar. Confira os resultados e os lugares das etapas:
- 1ª Etapa Maceió/AL ............. 5º Lugar (Aninha/Carol)
- 2ª Etapa Maringá/PR ........... 1º Lugar (Aninha/Victoria)
- 3ª Etapa Bauru/SP ............... 3º Lugar (Aninha/Victoria)
- 4ª Etapa Rio de Janeiro/RJ ... 3º Lugar (Aninha/Victoria)
Circuito BB
O Circuito Brasileiro Sub-21 é composto por quatro etapas ao longo de 2017. Após as paradas em Maceió (AL), Maringá (PR) e Bauru (SP), ele se encerra nesta parada do Rio de Janeiro (RJ) de 6 a 9 de Agosto. Os pontos obtidos em cada etapa vão para o estado e o campeão geral é determinado ao final das paradas, com o somatório total.
O Ceará encerrou o ranking feminino com 680 pontos, ficando com o primeiro lugar, seguido pelo Rio de Janeiro, que somou 660 pontos e o Mato Grosso do Sul em terceiro lugar somando 640 pontos.
Assim como ocorre no Circuito Brasileiro Sub-19, o Sub-21 é um campeonato de seleções estaduais, com duplas da mesma federação. Ele mantém o formato das últimas duas temporadas, com cada estado indicando suas delegações nos dois gêneros em busca do título. Além dos atletas, que podem ser alterados a cada etapa, as federações elegem um técnico.
Superação
Não há como não se orgulhar desse feito alcançado, a tão sonhado Bolsa atleta Federal, algo praticamente impossível para um Centro de Treinamento do interior do MS que honra com seus compromissos e um orgulho ainda maior por Victoria Lopes ter iniciado no Vôlei de Praia na quadra de areia da lagoa maior em Três Lagoas (MS), onde a professora relata o prazer de trabalhado com essa craque que hoje está ganhando o mundo com sua Técnica atual Cida Lisboa/SE, mãe da grande atleta Duda Lisboa, parceira da Agatha medalhista olímpica no Rio 2016.
Muitos dirão, ah! Mas jogando com Victoria... aí é que tá o X da questão, a pressão existente por um lado, onde que se a parceira não tiver cabeça, nada flui, afinal não é fácil segurar a barra em estar jogando categoria de base com uma campeã mundial e que se mantém entre as melhores atletas da categoria adulto jogando contra as melhores jogadoras do Brasil e do mundo.
Por outro lado, existe uma atleta já renomada na modalidade, estar a todo tempo apoiando sua parceira, colocando-a no jogo em todos os momentos, valorizando essa parceira que não é sua parceira de hoje mas de anos atrás, melhor dizendo em 2014 onde as duas começaram a rodar o Circuito com seu Técnico e formador Antônio Carlos Campos Corrêa (D’Lua).
Como não se orgulhar dessas guerreiras e desse trabalho que vem sendo feito com comprometimento e responsabilidade, pela Técnica Ana Rita Muniz com treinamentos de segunda a sexta com atletas para iniciação de 8 a 16 anos, os demais dão sequência no trabalho por tempo indeterminado, treinamentos esse em parceria com a Prefeitura pela Secretaria de Esportes sem custos para os atletas.
A professora relata que ser técnico vai além de acompanhar os atletas nas competições, porém fazer parte do contexto, com treinamentos, responsabilidades, parceria, ética e respeito e é isso que vem buscando a todo momento. E agradece ás meninas pela conquista em colocar mais uma vez o trabalho realizado entre os 3 melhores do Brasil no Vôlei de Praia, tornando o interior do MS como referência na modalidade, não só no MS como no Brasil.
Segurar esse troféu não tem preço pois olhar pra ele volta a mente toda nossa trajetória e onde ele estiver, quem olhar pra ele verá a nossa imagem e isso não tem preço.(Ana Rita)
Fonte: MT ESPORTE
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