A Arena viveu uma segunda-feira histórica. Foram poucas as vezes em que o estádio gremista abriu para uma partida neste dia da semana. E, pela primeira vez em sua nova casa, o Grêmio sofreu um derrota com três gols de diferença. O 3 a 0 sofrido para o Sport foi absorvido pela comissão técnica e elenco gremista como um alerta para as finais da Copa do Brasil, a ser disputadas no final deste mês, contra o Atlético-MG.
Até esta segunda, o revés mais elástico do Grêmio na Arena havia sido o 2 a 0 para o São José, em fevereiro, pelo Gauchão. Desde a chegada de Renato Portaluppi ao comando, justamente a solidez defensiva se tornou a marca maior da equipe. O técnico, aliás, se caracterizara por tal virtude na passagem anterior pelo clube, em 2013.
Também é a primeira vez que os gaúchos sofrem mais de um gol nos 13 jogos que Renato tem à frente do time neste ano. Todo esse contexto foi utilizado como alerta pelo ídolo, que afirmou ter "adorado o resultado".
– Foi acidente de trabalho. Não jogamos bem. A gente tem que reconhecer isso. O Sport foi melhor, nos venceu. Infelizmente, perdemos. Felizmente, porque ligamos o alerta. Os acidentes acontecem e procuramos trabalhar para que não aconteçam novamente. O sinal está ligado – disse Renato após o 3 a 0.
Apesar de estar na final da Copa do Brasil, o Grêmio fala constantemente que quer chegar no G-6 – ou G-7, em caso de perda do título para o Galo – do Brasileirão. Desta forma, se deixar a taça com o Galo, a vaga na Libertadores se torna mais uma vez o prêmio de consolação. O presidente Romildo Bolzan Júnior não viu desinteresse no inesperado revés em Porto Alegre.
– Não acho que houve desinteresse. Houve um relaxamento involuntário que acabou preponderando nas principais finalizações do Sport. Não fizemos uma boa partida. Não tenho nenhum reparo a fazer por conta da vitória deles. Contra Santos e Figueirense, o Grêmio poderia ter vencido, também com reservas. Posso afirmar que não vamos jogar nada perto disso contra o Atlético-MG – garantiu.
Por conta de desgastes e dores, quatro jogadores foram poupados contra o Leão: Maicon, Ramiro, Luan e Everton, este último reserva. A carga física e emocional da semifinal da Copa do Brasil disputada contra o Cruzeiro há cinco dias também cobrou seu preço, de acordo com o goleiro Marcelo Grohe.
– A gente veio de dois jogos na semifinal muito intensos. Tem a questão emocional de enfrentar um grande adversário. Logo em seguida, dá uma queda, mas a gente tem que cuidar para que não tenha mais isso. Se existia um jogo que a gente poderia ter essa queda de rendimento, talvez fosse hoje. Temos um objetivo claro no Brasileiro: garantir a vaga na Libertadores. A lição é o alerta. Daqui para frente tem que ser diferente – explicou.
O Tricolor volta ao trabalho na tarde desta terça-feira, no CT Luiz Carvalho. São 10 dias até o duelo com o São Paulo, dia 17, no Morumbi. A tendência é por usar força máxima para o confronto, para poupar o time contra o América-MG, dia 20, três dias antes da primeira partida da final. Kannemann está suspenso pelo terceiro cartão amarelo para o próximo compromisso.
Fonte: Expresso MT
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