José Luiz Ferreira de Almeida deixa a presidência da Lusa nesta segunda-feira. Falta de dinheiro, desconfiança de parceiros e crescimento da pressão são os motivos.
José Luiz Ferreira de Almeida não é mais presidente da Portuguesa. Após seis meses de mandato, Zé Luis renunciou ao cargo nesta segunda-feira. Segundo pessoas próximas ao ex-mandatário, os principais motivos para a decisão foram a falta de dinheiro, a desconfiança de parceiros para fazer negócios e o crescimento da oposição, que se fortaleceu após as reclamações de funcionários que estão há três meses sem receber salários.
O mandato de Zé Luiz duraria até o final do ano, quando ocorreriam eleições presidenciais na Portuguesa. O ex-presidente foi eleito no final de abril, quando foi candidato único após a saída de Jorge Manuel Gonçalves.
Nesta segunda, acontece reunião do Conselho de Orientação Fiscal (COF) para discutir os rumos do estádio e o presidente que assumirá o cargo até a próxima votação. De acordo com o estatuto do clube, o presidente do Conselho Deliberativo, atualmente Leandro Teixeira Duarte, deve ser o escolhido.
Zé Luiz deixa a Portuguesa um mês antes de ocorrer o leilão de venda do Canindé, marcado para 7 de novembro. Nos bastidores, o antigo presidente batalhava para que o leilão não ocorresse ou fosse adiado o máximo possível de tempo. Inclusive, firmou compromisso com a deputada estadual Clélia Gomes (PHS) em busca de tombar o Canindé como patrimônio cultural e histórico do estado de São Paulo.
A pressão sob Zé Luiz cresceu até o ponto que a renúncia se tornasse a melhor saída. Além do rebaixamento para a Série D do Brasileirão, a Portuguesa atrasou salários dos funcionários por três meses. A falta de dinheiro, inclusive, brecou a tentativa de parceria com o Audax. A sensação do último Paulista não quis assumir algumas dívidas da Lusa em possível parceria.
Fonte:Ge
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