Marco Aurélio Cunha ainda não sabe se vai continuar no São Paulo em 2017 ou se voltará à CBF (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
O efeito Marco Aurélio Cunha foi notório no São Paulo. A equipe acabou com a série negativa e voltou a vencer, chegou a somar seis pontos em sequência pela primeira vez no Campeonato Brasileiro, jogadores e comissão técnica passaram a trabalhar mais tranquilos, a oposição e a torcida organizada voltaram a abraçar o time e até Michel Bastos mudou de ideia e decidiu ficar. Mas, a eliminação na Copa do Brasil voltou a mexer com o clima do Tricolor do Morumbi.
Nesta quinta, o diretor executivo esteve junto ao grupo que acabou vencendo o Juventude por 1 a 0, mas não conseguiu o objetivo final, que era avançar às quartas de final da competição por mata-mata. O sonho do título, esse inédito, acabou. E coube a Marco Aurélio Cunha, apesar do permanente tom de que tudo está sob controle, explicar os motivos de tantos fracassos em sequência.
“O São Paulo teve uma crise política importante, um presidente renunciou, questões internas expostas e contratações infelizes. Isso faz com que a diferença venha para o campo. Nada que a gente não possa recuperar com tranquilidade”, observou o dirigente.
Marco Aurélio só falou um pouco mais firme quando questionado sobre a situação do clube passar por apuros no Brasileirão, assim como acontecera em 2009 e 2013, mas fez questão de ressaltar que em todos os casos o clube conseguiu se reencontrar antes da reta final.
“Não, não. Nunca ficamos na zona de rebaixamento nas últimas rodadas. O São Paulo nunca brigou contra o rebaixamento. Ficamos em situações incômodas, mas nunca terminamos o Brasileiro lutando contra o rebaixamento”, ponderou, orgulhando-se da história são-paulina.
Mas, falar de 2017 já é inevitável diante de uma distância de 17 pontos para o líder Palmeiras e com uma diferença de 11 pontos a menos que o primeiro clube dentro do G4. E o executivo de futebol do Tricolor deixou claro que não pretende trazer grandes nomes ou investir pesado para acabar com o jejum de quatro anos sem títulos, ou pior, um título nas últimas oito temporadas.
“Acho que o São Paulo tem uma base muito boa. Tem que dar oportunidade no Campeonato Paulista. Temos o Luiz Araújo, o Lucas Fernandes, que está se recuperando de lesão, o David Neres, o Lyanco. Acho que o São Paulo tem uma base excelente, que merece ser colocada à prova no Paulista, sem precisar de grandes contratações”, avisou.
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