Seleção mostra consistência e passa no teste mais importante da etapa brasileira do torneio. Equipe garante a terceira vitória, tendo cedido apenas um set no Rio.
O clima era de Olimpíada. Casa cheia, horário semelhante, adversário da primeira fase da Rio 2016 e situações de pressão. Estavam todos lá. A postura que Bernardinho tanto cobra também, sobretudo nos dois primeiros sets arrasadores. O confronto entre Brasil e Estados Unidos, na Arena Carioca 1, entrou pela madrugada. E no principal teste da primeira etapa da Liga Mundial, a seleção jogou com intensidade, conseguiu sair da situação complicada na quarta parcial graças à passagem de Eder pelo saque, e venceu os Estados Unidos com autoridade: 3 a 1 (25/19, 25/15, 22/25 e 25/23).
Wallace e Anderson foram os maiores pontuadores , com 18 cada um. A equipe viaja na segunda-feira para a Sérvia, onde será disputada a segunda semana do torneio. Por conta do nascimento de seu primeiro filho, previsto para o mesmo dia do embarque, Lucão recebeu autorização para se juntar ao grupo depois. Na quinta, a equipe entra em quadra para enfrentar a Bulgária.
- A gente estava treinando muito saque ao longo desse período de preparação. Fizemos treino com radar para cada um conhecer a questão de velocidade cada um. E a gente está aperfeiçoando porque sabemos que vai ser uma arma fundamental para a Olimpíada. Foi muito bom poder ter conseguido encaixar aquela sequência de saques no final e ajudar o time. O time se saiu muito bem, jogando nesse horário e mantendo um nível muito bom. Suportamos muito bem. O jogo de hoje pode ter sido uma prévia da final olímpica, então foi muito bom poder conseguir essa vitória para o grupo ver que está fazendo um bom trabalho, se dedicando muito. A gente teve um nível de jogo muito bom nesses três primeiros compromissos - disse Eder
Sobre a dor de cabeça que o técnico deverá ter para fechar as vagas de centrais, ele abre um sorriso e lembra que vem trabalhando firme para garantir um lugar na lista de 12 nomes.
- Todo mundo está na briga e a gente faz a nossa parte: treina, se dedica muito. São poucas vagas e numa hora o corte tem que acontecer. Eu faço o máximo sempre. Estou buscando estar lá, é o meu sonho. Mas se não estiver, vou estar com a consciência tranquila de que fiz o melhor que pude. Quero muito estar no grupo e estou brigando para isso.
O jogo
Wallace solta o braço (Foto: Divulgação/FIVB)
Bernardinho dava continuidade aos testes. Terceiro jogo, terceira formação titular diferente. Desta vez com Lipe e Eder. O Brasil mostrava empenho na defesa. E sorte também. Um contra-ataque americano batia no peito de Lucarelli e dava início a um bonito ponto da seleção. A torcida ia ao delírio e fazia sua parte. O bloqueio e o saque também funcionavam bem e davam uma boa vantagem aos anfitriões (11/6). John Speraw pedia tempo. Na retomada respirava fundo ao ver seus comandados errarem mais um saque, uma de suas armas. O jogo da seleção fluía (15/9). Os EUA apostavam nas bolas de meio, com Max Holt, para tentar se aproximar. Bruninho variava mais sua distribuição. Wallace e Lipe soltavam o braço. Sem ser incomodado, o Brasil fechava o primeiro set com um ataque de Lucarelli: 25/19.
No intervalo, os comandados de Bernardinho paravam para render homenagem a 78 jogadores que representaram o país desde os Jogos de Tóquio 1964 (assista ao vídeo abaixo). O encontro de gerações fazia a arquibancada se levantar. Na retomada do jogo, o ritmo não caía. A passagem de Eder pelo saque dava ainda mais tranquilidade ao time, que abria rapidinho 12/3. Os americanos, que na edição passada da Liga ficaram com o bronze, não se encontravam. A seleção mostrava consistência e fechava com frequência a porta para Matt Anderson e Taylor Sander, que antes do início do confronto era o maior pontuador, somando 37 pontos. A diferença não parava de aumentar (22/11). Não havia freio para os donos da casa. Bruninho acionava Lucão e ele respondia: 25/15.
Fonte Ge
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