Atacante colorado discursou no vestiário depois da goleada
de 6x1 sobre o Olimpia no Beira-Rio.
Com uma bagagem de 11 anos de Europa e ciente do quanto a
preparação no dia a dia é fundamental para um time, Taison deixou um pedido aos
atuais jogadores reservas do Inter logo depois da goleada sobre o Olimpia, por
6×1, pela Libertadores, em casa, na última quarta: treinem, se preparem e
aguardem a oportunidade.
Novo capitão do time, o atacante de 33 anos fez a reestreia
exatamente na goleada sobre os paraguaios e, em discurso ao grupo, exibido nos
bastidores da vitória, reforçou a importância de todos se dedicarem ao máximo
nos treinamentos.
“Isso que é um grupo. É o que eu sempre falo: segue
treinando que a oportunidade vai estar aí. Marquinhos (Marcos Guilherme) é a
prova viva disso. Treinou, treinou, treinou. A oportunidade surgiu, jogou, nos
ajudou e a gente venceu o jogo. Não deixa de treinar. Podem ficar bravos por não
terem entrado, mas amanhã é outro dia. E depois tem outro dia. Segue treinando
forte. Vai ter que estar preparado. Todo mundo vai ter oportunidade. Nós temos
não sei quantos jogos no ano. Todos vão ter oportunidade”, falou Taison.
Taison só volta a campo na terça-feira que vem, 19h15, fora,
contra o Táchira, pela Libertadores. Ele não está inscrito no Gauchão e
portanto será mais um torcedor no sábado, 19h, em casa, na volta da semi diante
do Juventude.
Na tarde da última quinta-feira, o atacante colorado participou
do programa Seleção SporTV, comandado por André Rizek. Veja as
principais declarações:
NERVOSISMO PELA ESTREIA:
“Já estou mais aliviado. Ontem antes da partida eu estava
nervoso. Graças a Deus, fizemos um grande jogo, buscamos a vitória e ainda mais
da maneira que foi. Isso foi o mais importante”
DESEJO DE VOLTAR:
“Eu sempre desejei voltar. Fiquei 11 anos na Ucrânia. E já
tinha esse desejo voltar para ficar perto da minha família, que eu sentia muita
falta. Voltar também pela gratidão. Cheguei ao clube em 2005 para a base vindo
de Pelotas. E eu não poderia virar as costas para o clube que me revelou, que
me fez chegar ao profissional e conquistar grandes coisas”
PERDA DE VELOCIDADE:
“Não sei se estou mais lento ou mais rápido. Em campo,
continuo o mesmo. Com a mesma velocidade, determinação. Mas um pouco mais
experiente. Sabendo a hora de acelerar e de ficar com a bola no pé. Eu voltei
mais experiente e com muita vontade de vencer. O Inter bateu duas vezes na
trave nos últimos anos. Eu poderia ter ficado na Europa. Tive propostas na
Ucrânia e em outros lugares. Mas eu senti que era o momento de voltar pra casa
e voltar a ser feliz. Eu passava por um momento difícil no Shakhtar Donetsk.
Ficou um negócio meio feio da minha parte. Mas graças a Deus no final deu tudo
certo”
IDADE DE 33 ANOS E SONHO DE SELEÇÃO:
“Eu acho que idade não é problema. O Miranda demonstra isso
no São Paulo. No jogo contra o Corinthians e ontem um pouco dos lances contra o
Racing. Parece que ele não está na idade que tem. O Dani Alves, o Filipe Luis,
desde o ano passado. Atuam em alto nível. E eu vou ter que enfrentar esse ano e
espero que contra mim não joguem tanto (risos). A gente perde o ritmo dos 20,
21 anos. Com 33 tu perde ritmo e no fim do jogo tu tem que dosar mais para não
cansar. Sobre Seleção, sou grato por ter tido oportunidade de estar lá. Pelo
Tite ter me levado à Copa. Mas fico um pouco chateado por não ter tido a
oportunidade de jogar e de demonstrar meu futebol lá. Fica um pouco de
tristeza, queria demonstrar mais meu futebol na Seleção. Sei que agora tem
muitos jogadores em alto nível e menos idade, mas eu sonho em ter uma nova
oportunidade”
APOIO A RAMÍREZ:
“Eu tive contato com ele umas três vezes por causa do
sistema. O esquema é diferente do que eu jogava. Ele trabalha muito e vive o
futebol querendo vencer. Muda um pouco o esquema que os brasileiros estão
acostumados. As pessoas pensam se vai dar certo ou não. Eu só peço para a
torcida colorada confiar muito no trabalho do Ramírez, que vai dar muito certo
e a gente vai ajudar bastante ele”
Fonte: Zona Mista