Garantir vaga na Olimpíada de Tóquio (Japão) não foi o único
feito de Guilherme Toldo no Grand Prix de florete em Doha (Catar).
Neste domingo (28), o brasileiro concluiu a participação na
competição mais importante da temporada antes dos Jogos, entre os oito
primeiros.
A esgrima nacional não colocava um atleta nas quartas de
final masculinas de um Grand Prix de florete desde 2012, com Renzo Agresta na
competição em Plodiv (Bulgária). Em 2006, o primeiro a chegar tão longe nesse
evento foi João Souza, no Grand Prix da Venezuela.
Toldo havia disputado as fases de poules (grupos)
e de 128 na última sexta-feira (26), quando
assegurou vaga na segunda Olimpíada da carreira. O primeiro
jogo deste domingo, pela fase de 64, foi contra o britânico Marcus
Mepstead, 15º colocado do ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE) e
vice-campeão mundial em 2019. Número 26 do mundo, o brasileiro não se intimidou
com o rival e ganhou por 11 pontos a 10. Em seguida, superou o francês
Roger Wallerand (35º) por 15 a 9.
Nas oitavas de final, ele teve pela frente outro
francês: Tyvan Bibard, que apesar de ser o número 350 do mundo, eliminou o
italiano Alessio Foconi, líder do ranking mundial do florete. Toldo, porém,
soube controlar o jogo contra Bibard e venceu por 15 a 11. Nas quartas, o adversário
foi Race Imboden, campeão do mundo por equipes há dois anos. Apesar
de ter saído na frente, o brasileiro não resistiu ao norte-americano,
que levou a melhor por 15 a 6.
"Meu segundo objetivo era ficar entre os melhores do
mundo. Fico contente de confirmar um bom trabalho e uma boa
preparação, ter superado todas as dificuldades e restrições por causa
da covid-19 e ter chegado em Doha em boas condições
e ter jogado uma esgrima de alto nível", disse Toldo, em
depoimento ao site da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE).
No sábado (27), Bia Bulcão e Rafaella Gomes
representaram o país na chave feminina do Grand Prix, mas foram eliminadas
ainda na fase de poules. Bia, que disputará o Pré-Olímpico do Panamá em
abril, terminou em 131º lugar. Rafaella, de apenas 17 anos e que
disputou o primeiro torneio internacional adulto da carreira, foi a 134ª.
Fonte: EBC