Com mais de 120 medalhas, dentre elas ouro no campeonato no Campeonato Europeu, o atleta de jiu-jitsu Fábio Henriques de Jesus comemora em 2020 quase 30 anos dedicados ao esporte.
Fabinho Jesus, como é conhecido no meio esportivo, inicia o ano de forma intensa, representando o Estado de Mato Grosso em diversas competições no país e pelo mundo afora.
Em janeiro, o premiado lutador participa do Campeonato Europeu em Lisboa; luta no Campeonato Sul-brasileiro em Florianópolis, em fevereiro; no Campeonato Pan-americano em Los Angeles, em março; no Campeonato Europeu de Masters, em maio, e Campeonato Mundial em Las Vegas, no mês de agosto, sempre com investimentos próprios.
Para o atleta, o reconhecimento por parte do governo, além do incentivo do segmento empresarial, por meio de patrocínios, seria fundamental para que pudesse investir ainda mais no jiu-jitsu e atingir cada vez mais melhores resultados.
Atualmente, Fábio conta apenas com apoio da Clínica Fisiohealth na parte da fisioterapia, e da Clínica Oki-do na parte de shiatsu. “Se eu tivesse mais patrocínios, poderia competir com uma tranquilidade bem maior e com mais frequência”, pontuou o lutador, ao reivindicar possíveis apoios na parte de suplementos, da dieta, de kimonos, na parte de inscrições e deslocamento aéreo.
Este ano o atleta ficou em 32º lugar do ranking mundial, a melhor colocação de um atleta mato-grossense na história. Mas ele acredita que, se pudesse competir mais, estaria bem melhor colocado.
“Em 2018, comemorei ao lado da minha família o bronze no Campeonato Europeu em Lisboa e, numa evolução constante, em 2019 conquistei ouro neste mesmo campeonato. Meu sonho Meu sonho é ser campeão mundial e mostrar para a garotada dos projetos sociais que, com perseverança, esforço e dedicação, qualquer sonho que você tenha, por mais distante que seja, pode ser alcançado”, ressalta.
Para o atleta, que também é servidor efetivo do Estado, o apoio do Governo ao esporte ainda está aquém do que poderia, tendo em vista a relevância social de projetos como o conduzido pelo Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (ROTAM), que hoje atende mais de 300 crianças com aulas de jiu-jitsu e participações premiadas em campeonatos brasileiros, mesmo com poucos recursos financeiros.
“Nem todos tem patrocínio para viajar, ou mesmo condições de adquirir um kimono, suplementos e acesso a nutricionistas e fisioterapeutas, para ter um desempenho ainda melhor. O apoio do governo e demais patrocinadores seria fundamental”, solidarizou Fábio, conclamando a sociedade mato-grossense a olhar com mais carinho e atenção para o esporte.
Folha Max
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