A Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e a
Confederação Asiática de Voleibol (AVC) confirmaram nesta semana a Tailândia
como sede do Qualificatório Olímpico Asiático. O torneio será realizado na
cidade de Nakhon Ratchasima e acontecerá entre os dias 07 e 12 de janeiro de
2020.
Participarão os oito melhores classificados do Campeonato
Asiático de 2019, excedendo Japão e China que já estão confirmados nos Jogos.
Disputarão o torneio: Tailândia, Coreia do Sul, Cazaquistão, Taipé Chinês,
Vietnã, Irã Austrália e Hong Kong. Existem rumores de uma suposta desistência
de Hong Kong, o que classificaria a Índia.
Um sonho: é agora ou nunca!
Essa será a última chance para a chamada "geração de
ouro" da Tailândia realizar o sonho de disputar uma Olimpíada. A equipe
ficou conhecida depois de ter levado seu país ao inédito ouros de 2009 no
Campeonato Asiático, repetindo o feito em 2013. O tempo e a experiência já
pesam para nomes como Nootsara Tomkom (que tem 34 anos), Pleumjit
Thinkaow (35), Onuma Sittirak (33) e Wilavan
Apinyapong (35) e boa parte dessa equipe deve deixar a seleção ao fim
deste ciclo.
As tailandesas bateram na porta olímpica duas vezes: no qualificatório mundial de 2012 e 2016, ficando em quinto lugar quando se ofertavam 4 vagas. Nas duas oportunidades protagonizaram polêmicas, ambas envolvendo o Japão.
Em 2012, a Tailândia ocupava o quarto lugar do classificatório, até o último jogo do torneio, Sérvia x Japão. Se a Sérvia vencesse por 3x0 ou 3x1, eliminaria o Japão. Se o Japão vencesse por qualquer placar, eliminaria a Sérvia. O único resultado que classificaria as duas seleções, sem risco para nenhuma delas, seria uma vitória sérvia por 3x2 - justamente o que aconteceu, eliminando a Tailândia. O ar de 'dobradinha' passou de leve por 2016. Até a penúltima rodada, Itália e Japão poderiam ficar de fora da Olimpíada do Rio. Acabou que a derrota da Coreia do Sul para a Tailândia acabou classificando a Itália e o jogo contra o Japão, vencido pelas italianas por 3 a 2, classificou as orientais, eliminando a Tailândia novamente.
As tailandesas bateram na porta olímpica duas vezes: no qualificatório mundial de 2012 e 2016, ficando em quinto lugar quando se ofertavam 4 vagas. Nas duas oportunidades protagonizaram polêmicas, ambas envolvendo o Japão.
Em 2012, a Tailândia ocupava o quarto lugar do classificatório, até o último jogo do torneio, Sérvia x Japão. Se a Sérvia vencesse por 3x0 ou 3x1, eliminaria o Japão. Se o Japão vencesse por qualquer placar, eliminaria a Sérvia. O único resultado que classificaria as duas seleções, sem risco para nenhuma delas, seria uma vitória sérvia por 3x2 - justamente o que aconteceu, eliminando a Tailândia. O ar de 'dobradinha' passou de leve por 2016. Até a penúltima rodada, Itália e Japão poderiam ficar de fora da Olimpíada do Rio. Acabou que a derrota da Coreia do Sul para a Tailândia acabou classificando a Itália e o jogo contra o Japão, vencido pelas italianas por 3 a 2, classificou as orientais, eliminando a Tailândia novamente.
Pleumjit Thinkaow consola Nootsara Tomkom no último
jogo do Qualificatório Mundial em 2016; tailandesas já jogaram desclassificas
(Foto: FIVB)
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Agora o formato é diferente e o Japão, sede da Olimpíada, não interferirá nesse processo. O grande rival tailandês é a Coreia do Sul, 9ª colocada do ranking da FIVB, comandada pela poderosa MVP olímpica de 2012, Yeonkoung Kim. Nos dois confrontos entre as seleções neste ano, tudo igual: a Tailândia venceu por 3x1 na VNL, mas a Coreia realizou a revanche pelo mesmo placar no Asiático. A tendência entre as duas seleções é de muito equilíbrio.
Apaixonados pelo esporte, a torcida de Nakhon Ratchasima deve ser o 7º jogador em quadra para lutar pela classificação. Lembrada por ter uma das melhores levantadoras do mundo, jogadoras sempre sorridentes, vitórias que mudaram a história do voleibol no país, a Tailândia e sua geração de ouro terão mais uma, a última chance, de escrever seu nome nessa história e fazer parte do sonho olímpico.
Coreia do Sul, de Yeonkoung Kim, deve ser o principal
empecilho para o sonho da Tailândia de Nootsara Tomkom (Foto: AVC)
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