Na Cara do Gol MT

Júnior Rocha cita aprendizado e fala sobre a realidade do Luverdense




Técnico do Verdão do Norte diz que não é momento para achar problemas e pede mais doação de cada um, que são pagos para isso.

O Luverdense Esporte Clube mais uma vez decepcionou a torcida dentro de casa. A equipe fez um bom jogo, mas novamente sofreu o gol de empate nos minutos finais da partida, permanecendo na nona colocação dentro da zona de rebaixamento da Série C.
A equipe abriu o placar no primeiro tempo com Éverton Dias e levou o empate aos 41 minutos da etapa final, em gol marcado pelo atacante Gustavo, do Boa Esporte (MG).
O técnico Júnior Rocha, vencedor no time de Lucas do Rio Verde no passado e que retornou para esta temporada, admite a dificuldade enfrentada.
“Um resultado que a gente não gostaria, assim como vocês também não. Ninguém aqui está feliz com o resultado. Mas também não podemos jogar tudo no lixo. Posso enumerar três faltas de atenções, falta até mesmo de comprometimento, ver de longe, se tá no chão, fica no chão, mas é assim, tudo é aprendizado, para mim também está sendo, porque retornar para o Luverdense, uma equipe que a gente foi tão bem no passado, caímos juntos em 2017, mas fizemos grandes histórias aqui e estar passando por um momento desse, tem que ter cabeça boa. Eu sempre coloco nas mãos de Deus a minha vida, não tem porque deixar de colocar, se as coisas estão acontecendo, tem alguma coisa”, lamentou o técnico Júnior Rocha.
Para o comandante, alguns fatores podem estar prejudicando o rendimento da equipe, mas o Luverdense não merecia ter perdido este jogo.
“A diretoria está aí para falar a respeito também da comissão técnica. Se eles acharem que é hora de trocar, eles fazem avaliação deles, mas eu acho que o problema é um pouquinho de cada, falta um pouquinho de atenção, de maturidade, de bagagem, de malandragem, porque o futebol é feito assim, o Juventude empatou aqui no futebol e na malandragem. Temos que erguer a cabeça e continuar trabalhando. No meu modo de ver, não merecíamos ter perdido o jogo, foi um erro pontual no contra-ataque. Eles correram o risco de tomar o segundo gol e nós não fomos eficientes”, pontuou Rocha.
Em pergunta na coletiva de imprensa após o jogo, sobre como motivar o elenco para a próxima partida, que será fora de casa contra o Ypiranga(RS), o técnico "soltou o verbo".
“Ótima pergunta. Motivar o quê? Motivar o que se são pagos para isso. É obrigação deles ir motivado para dentro de campo e vir trabalhar aqui. São homens, são pais de família, fazem isso a vida inteira, trabalham pra caramba durante o dia a dia, é trabalhado o psicológico, com coletividade, com união, sempre que há momento ruim, a gente quer achar algum problema, algum defeito. Se fosse parte psicológica não conseguia entrar em campo, estava todo mundo chorando pelos cantos, não é assim. Acredito que o fator psicológico está inserido no meio do esporte de alto rendimento, mas não podemos achar defeito agora, achar problemas. É hora de continuar trabalhando e acreditar. Está no começo do campeonato, não terminou o primeiro turno, temos que trabalhar, se aperfeiçoar, levar um pouco mais a sério. Não estou dizendo que não estão levando, mas temos que levar ainda mais a sério. Tem uma palavra chamada comprometimento e amor pelo que faz. Ninguém vai lá em casa me motivar, ninguém vai lá trabalhar o meu psicológico para eu vir aqui dar 100%, alguém vai lá na tua casa? Somos profissionais do esporte de alto rendimento”, explanou Júnior Rocha.
Também indagado pelo futuro, Júnior Rocha ironizou o questionamento e complementou com fatos vividos pela realidade do clube.
“Como eu vou avaliar meu futuro, meu futuro é vir trabalhar como eu trabalho todo dia no sol aqui de 50 graus. Essa é minha realidade. Na verdade, o clube tem uma realidade, que é investir pouco e qualidade custa caro. Se vocês forem acompanhar o Luverdense depois de 2013, que talvez tenha montado o elenco mais caro da história do clube, que foi o ano do acesso, o Luverdense é o seguinte, contrata jogadores que querem mercado, ou que tem muita fome por mercado. Um ou outro para se recuperar para o mercado. Então na verdade, a gente forma atletas aqui. Esses dias nós montamos dois times aqui de atletas que ninguém acreditava. Vou dar um exemplo que vários de vocês criticaram. O Osman, hoje está rico, está indo para o México, então a realidade do clube é contratar jogadores abaixo do valor do mercado que pagam aí, porque o clube não tem condições, tem pouca ajuda, muita gente reclamando, criticando e pouca gente ajudando. A realidade é dar novas oportunidades para jovens atletas, então a gente tem que mesclar com experiência, as vezes dá certo, as vezes não dá. Vai ter várias críticas em relação a comissão técnica e atletas, problema é que ninguém vem aqui trazer um Pato, um Ganso, ninguém vem trazer jogadores desse tipo aqui para nós, o clube não tem condições de contratar. Nós formamos mesmo, a gente trabalha, tem paciência, insiste, essa é a filosofia do Luverdense, vocês ainda não sabiam”, completou o técnico do Luverdense, Júnior Rocha.

Por: Da Redação com rádio Regional FM



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