Caso aconteceu no último sábado (26) na sexta divisão da
Itália. O presidente do Serino tirou o time de campo após o árbitro da partida
mandar o goleiro Gueye Ass, que é senegalês, 'calar a boca' e chamá-lo de
'negro'
Mais um episódio de discriminação racial marcou o futebol
italiano no último sábado (26). Donato Trotta, presidente do Serino, time que
disputa a divisão Promozione, que equivale à sexta divisão, tirou sua equipe de
campo após um caso de racismo envolvendo o árbitro do jogo e o goleiro do time.
Na partida diante do Real Sarno, pela 20ª rodada do torneio,
o goleiro do Serino, o senegalês Gueye Ass Dia, de 25 anos, foi alvo de racismo
por parte do árbitro do jogo, após o jogador ter reclamado do gol de empate do
time adversário, alegando que estava impedido.
O juiz, por sua vez, mandou Ass "calar a boca" e
depois chamou o goleiro de "negro". Ciente das ofensas, Trotta entrou
em campo e pediu para sua equipe se retirar do gramado.
"Vendo o meu jogador em lágrimas enquanto ele estava
indo para o vestiário, eu decidi retirar a equipe do campo, porque eu não
permito que ninguém pise na dignidade dos meus garotos e especialmente na
minha. Peço também imediatamente uma investigação federal", disse Trotta à
ANSA.
Além de Ass, também foram expulsos no confronto o treinador,
o diretor esportivo e um zagueiro do Serino. "A discriminação e as ofensas
são cada vez mais frequentes. Temos que parar o campeonato por uma rodada.
Estamos preparando um banner que enviaremos para todas as equipes do grupo para
exibição nos estádios", afirmou Trotta.
O Serino voltará a campo no próximo sábado (2), para
enfrentar o San Vitaliano, em Nápoles.
E não é só na sexta divisão do futebol italiano que
acontecem ofensas racistas. Em dezembro o zagueiro Koulibaly, do Napoli, sofreu
com os cantos discriminatórios de parte da torcida da Inter de Milão durante
uma partida da Série A.
Abalado, o zagueiro acabou sendo expulso no fim do jogo e
ainda levou suspensão de dois jogos no campeonato. O Napoli entrou com recurso
para que a punição fosse reduzida, mas não obteve êxito.
Recentemente o jogador deu uma entrevista ao site do Napoli
e disse que, apesar de considerar um prazer ser um símbolo da luta contra o
racismo, .
Fonte: Ig Esportes
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Futebol