Dirigentes e atletas falaram sobre os sacrifícios enfrentados para praticar o esporte em competições nacionais
Para competir na Copa Brasil de Tênis de Mesa, etapa Centro-Norte-Nordeste, realizada nos dias 02, 03, 04, 05 de agosto, no Ginásio Poliesportivo Aecim Tocantins, em Cuiabá, atletas brasileiros tiveram que enfrentar inúmeras dificuldades. A competição reuniu cerca de 400 atletas e teve como campeão, no ranking da categoria olímpica, um clube do estado de Mato Grosso.
O vice-presidente regional da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) e ex-presidente da Federação Mato-grossense de Tênis de Mesa (FMTTM), Sandro José Abrão afirmou que muitos dos problemas acontecem por conta da falta de apoio ao esporte por parte de algumas unidades federativas brasileiras.
“O esporte no Brasil passa por um momento delicado devido à crise econômica, clubes falidos, prefeituras e estados com pouco recurso e a não profissionalização de muitos atletas dificultam o investimento da iniciativa privada”, disse Abrão.
Abrão ainda destacou o problema de logística que muitas das delegações presentes em Cuiabá afirmaram ser corriqueiro nas competições nacionais. “Somos um país com dimensões territoriais enormes e muitas vezes os eventos são em cidades que a logística não é boa para o deslocamento. Porém interiorizar o esporte faz parte da estratégia da CBTM”, concluiu.
O atleta paraolímpico da Associação dos Policiais Militares de Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo (APMDFESP), Renato Saletti Santos, conta que além dos problemas econômicos, a pouca estrutura planejada para deficientes também é escassa. “A maior dificuldade que enfrentamos é o do deslocamento, as copas são feitas em certos locais que não tem estrutura para nos receber, como o aeroporto e nos próprios hotéis que não possuem qualquer tipo de acessibilidade”, contou.
Já o treinador do Clube de Tênis de Mesa Jacareí, do estado de São Paulo, Waldemir Júnior, afirma que mesmo com as dificuldades, o resultado de poder participar destas competições é de enorme gratificação e importância. “Fazemos de tudo para participar desses eventos, porque isso ajuda no nível técnico dos atletas e também prestigia os lugares em que possamos ir”, disse.
Waldemir Júnior ainda ressaltou a força da nova geração de atletas e que segundo ele cresce cada vez mais no país e que algum dia possa não sofrer mais com tais problemas enfrentados. “Em um futuro próximo, vejo o nível técnico do esporte do Brasil ainda mais elevado que hoje”, concluiu.
Texto: Everson Teodoro
Foto: Junior Martins
Fonte: Gigantes Online
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