Aron Dresch e João Carlos de Oliveira: quem vence a queda de braço? (Foto: Robson Boamorte)
Ex-presidente do Cuiabá venceu João Carlos de Oliveira nas
urnas, mas o agora ex-mandatário tenta no Tribunal de Justiça garantir mais
quatro anos à frente da entidade.
ex-presidente do Cuiabá, Aron Dresch, deve tomar posse normalmente nesta sexta-feira como presidente da Federação Mato-grossense de Futebol, em substituição ao candidato derrotado nas urnas, o então presidente João Carlos de Oliveira que buscava a reeleição. O pleito foi realizado em março recheado de polêmicas e pedidos de suspensão. Nas urnas, Aron Dresch foi o vencedor por 22 votos a 15 e será (por ora) o sucessor da "era Carlos Orione" que chega ao fim após 40 anos. Orione faleceu no ano passado e João Carlos assumiu oficialmente como presidente.
Sem aceitar a derrota na votação dos clubes, João Carlos tenta desde então anular a decisão. Para o entedimento dele e de seus advogados, a eleição não deveria ter acontecido por conta da chapa de Aron ter sido supostamente inválida - a alegação é que as assinaturas dos presidentes de clubes não tinham legalidade, e sem elas a chapa não poderia ter sido registrada.
Mesmo assim, a eleição ocorreu normalmente após Assembleia Geral Eletiva entre os clubes com direito a voto e, após contabilizarem os votos, deu a vitória democraticamente à chapa de Aron Dresch. Foi essa assembleia que validou as duas chapas. Nas primeiras instâncias, os recursos de João Carlos foram negados.
- Dificilmente a posse será cassada, estamos com o recurso no Tribunal de Justiça e a tendência é que isso só saia em 30 dias. Até lá, o Aron deve assumir como presidente até uma decisão final. Entendemos que a eleição não deveria ter acontecido e vamos atrás dos nossos direitos. Caso tenhamos uma decisão favorável, o João Carlos será considerado como único candidato válido e reassume a FMF por mais quatro anos - disse Ulisses Rabaneda, advogado de João Carlos.
A forma como foi conduzida a eleição gerou muitas crÃticas da oposição por ter sido feito "à s escuras", no entedimento dos dirigentes. Primeiro pela antecipação do edital, divulgado curiosamente na véspera do Carnaval, quando João Carlos afirmava que só trataria de eleições após o fim do Campeonato Mato-Grossense, que acabou em maio. Segundo que a comissão eleitoral foi formada por pessoas indicadas por João Carlos, como manda o estatuto da federação que tem mais de 30 anos e dá sinais de defasagem. Desde então, João não fala nada sobre eleições da FMF.
- Meu cliente [João] tem o direito de não se manifestar. A eleição respeitou todos os prazos legais e não infringiu em nada o que rege o estatuto. Vamos aguardar o que o tribunal irá dizer.
Helmute Lawisch foi presidente da Federação Mato-grossense de Futebol em 2014 (Foto: Robson Boamorte)
Um dos crÃticos mais ferrenhos de João Carlos é o presidente do Luverdense, Helmute Lawisch, que não costuma medir palavras para falar sobre a eleição da FMF que ele julga como "totalmente equivocada". Helmute é um dos principais aliados de Aron.
- O João Carlos tinha que ser mais humilde e aceitar que perdeu nas urnas. Estou indignado. De homem esse baixinho não tem nada. Que me perdoe toda a famÃlia dele, mas ele e seus amigos são um bando de sem vergonha e não tem a capacidade de aceitar que são derrotados. Ele virou as costas para quem faz futebol em Mato Grosso e quer mais quatro anos de mandato - disse Lawisch.
Helmute também falou sobre uma tentativa de João Carlos de uma possÃvel intervenção da CBF para que a entidade assuma a FMF de forma indireta e com João à frente.
- Se meu cliente fez isso, eu desconheço. Não passou por mim - finalizou Rabaneda.
Fonte: GE MT
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