Governo de Mato Grosso admite grande chance de ter que trancar o estádio para reparos e término. Cinco times ficariam sem local para mandar as partidas
Times sem casa: Arena Pantanal pode ser totalmente fechada para reformas.
Times sem casa: Arena Pantanal pode ser totalmente fechada para reformas.
Perto de iniciar as reformas necessárias na Arena Pantanal, o governo de Mato Grosso admite a grande chance de ter que fechar completamente o estádio nos próximos meses. O secretário de Cidades, Eduardo Chilleto, confirmou que deve se reunir com representantes da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) e clubes para achar uma solução. Caso ela seja fechada totalmente, Mixto, Cuiabá, Operário VG, Operário FC e Dom Bosco não teriam onde jogar pelo Campeonato Mato-Grossense.
A Arena Pantanal sofre com diversos problemas e, de acordo com o governo, questões burocráticas atrasam a contratação emergencial para concluir o estádio. A empresa Mendes Júnior se recusou a voltar ao canteiro de obras, alegando falta de pagamento - enquanto a empreiteira pede mais R$ 20 milhões, o governo afirma ao contrário, que tem esse montante a receber da empresa.
- A tendência é essa, pois temos prazos para terminar logo o estádio. Se isso não acontecer até maio, vamos ter que pagar o dobro de juros do dinheiro emprestado. Temos que conquistar a certificação LEED, sem ela o custo do empréstimo que o governo realizou passa de R$ 300 para R$ 600 milhões. Vamos nos reunir com a federação para achar uma solução. Nosso prazo é até maio, junho - disse Chilleto.
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A Arena Pantanal é composta por quatro módulos independentes, o que facilita caso apenas três dos quatro setores fique fechado para que os jogos continuem. O estádio é o único da Baixada Cuiabana apto a receber partidas. O estádio Presidente Dutra, o Dutrinha, segue sem previsão de inÃcio das obras. A prefeitura de Cuiabá estuda outras formas para a liberação do estádio como parcerias com a iniciativa privada.
- Ainda vamos discutir e aguardar o relatório final da construtora. Pode ser que seja necessário o fechamento completo. A ideia é deixar o estádio com 100% das obras prontas, da forma que a população merece.
A expectativa é de que no inÃcio do mês de março, a empresa Concremat, atual gerenciadora do contrato de obras da Arena Pantanal, apresente planilha técnica e orçamentária sobre as pendências existentes no estádio cuiabano. Tais documentos irão subsidiar o Estado na contratação de nova empresa que executará os trabalhos de reparos para a obtenção da certificação socioambiental internacional.
Para o presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), João Carlos de Oliveira, a medida seria prejudicial para o futebol da Baixada Cuiabana.
- O governo ainda não nos procurou, mas temos que propor uma saÃda. Hoje só temos a Arena Pantanal como palco do futebol. Seria muito ruim ter que buscar outra cidade. Além de envolver custos, penalizaria o torcedor. Vamos aguardar, mas a federação vai tentar manter todos os jogos na Arena Pantanal. Podemos abrir somente um setor, achar uma solução boa para todos - relatou João.
Opções
No primeiro semestre, a Arena Pantanal já tem jogos marcados do Campeonato Mato-Grossense, Copa do Brasil e Copa Verde. Se o estádio for fechado, os clubes terão que procurar outras opções. As mais viáveis são o estádio Luthero Lopes, em Rondonópolis (220 km de Cuiabá), e o Marcio Cassiano, em Jaciara (144 km de Cuiabá).
A obra
A Arena Pantanal começou a ser construÃda em 2010 após a demolição do estádio Verdão. Inaugurada em abril de 2014, com empate sem gols entre Mixto e Santos, o estádio sediou quatro jogos na Copa do Mundo. O custo ficou em torno de R$ 700 milhões, mas nunca foi entregue oficialmente ao governo. Além de reparos e acabamento, alguns itens não foram finalizados, já que o estádio tem 98% das obras concluÃdas.
Com capacidade para 41 mil torcedores, a Arena Pantanal está liberada para apenas 10 mil pessoas, por medidas de segurança.
Dom Bosco, Araguaia, Arena Pantanal
Fonte: Olho No Esporte
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