Ana Sátila, de Primavera do Leste (MT), venceu competição
realizada no Rio de Janeiro
A canoísta Ana Sátila, de Primavera do Leste (MT), se tornou
neste domingo (30) a primeira brasileira na história a conquistar uma medalha
de ouro em uma edição do Mundial de canoagem slalom.
A atleta de 22 anos foi campeã do K1 Extreme e fechou da
melhor maneira possível a competição que foi disputada no Rio de Janeiro.
“O Brasil nunca teve um campeão mundial na canoagem slalom.
Não é uma prova olímpica, mas que pode vir a ser. Esse título é muito
importante para mim e não sei dizer o quão feliz estou. Tenho quase certeza que
em Paris vai entrar. É uma categoria muito emocionante, onde o público vibra,
vê o contato. Isso acaba sendo muito bom para quem está assistindo”, acredita.
O K1 Extreme é uma modalidade nova na canoagem slalom, que
estreou em Mundiais no ano passado, na França. Ao contrário do C1 e do K1, em
que cada atleta desce sozinho a corredeira, na corrida radical a disputa é
feita em baterias de quatro atletas, que descem ao mesmo tempo, passando pelas
“portas”, fazendo manobras e procurando a melhor estratégia para chegar na
frente.
Vinte e quatro atletas entraram na disputa do K1 Extreme
feminino nas oitavas de final do Mundial de canoagem slalom. As participantes
foram divididas em oito baterias com três canoístas cada. Ana Sátila venceu a
dela, deixando para trás a francesa Marie Zelia Lafont e a mexicana Sofia
Reinoso. A irmã dela, Omira Estácia, também conseguiu de classificar ao
derrotar a canadense Haley Daniels e a italiana Stefanie Horn.
Nas quartas de final, as 16 classificadas foram divididas em
quatro baterias. Apenas as duas primeiras colcoadas de cada uma avançavam para
a semifinal e as duas brasileiras caíram na mesma prova. Ana Sátila venceu com
Marie Zelia Lafont em segundo. Omira Estácia ficou em terceiro, a frente apenas
de Haley Daniels, e foi eliminada.
Na semifinal do Mundial de canoagem slalom, Ana Sátila ficou
atrás de Lafont, mas a frente da ucraniana Viktoriia Us e da canadense Florence
Maheu para chegar à final. Aí, na disputa por medalhas, a brasileira não deu
chances para as adversárias e conquistou a histórica vitória. A holandesa
Martina Wegman ficou com a medalha de prata e a russa Polina Mukhgaleeva
terminou com o bronze.
“Estou muito feliz. Foi uma das provas mais difíceis que já
participei. O contato é grande, acontece até de se machucar. As rivais são
muito boas. A prova é longa, começou no início da tarde. A posição de largada
era ruim, foi difícil entrar na prova. Depois, foi só na garra e pensando na
vitória”, analisou a brasileira, que teve rápida adaptação ao K1 Extreme. Na
estreia da prova em Mundiais em 2017, a brasileira garantiu a medalha de prata
na cidade de Pau, na França. Em julho de 2018, ela foi ouro no Mundial Júnior
& Sub-23, em Ivrea, na Itália.
Sexto lugar no C1 Feminino
Além de ter sido campeã no K1 Extreme, Ana Sátila disputou
também neste domingo a final do C1 feminino do Mundial de canoagem slalom. Como
foi penalizada com 2s a mais no seu tempo por ter tocado em uma das portas, a
brasileira ficou na sexta colocação com um total de 117s41. Se tivesse feito a
descida limpa, teria ficado pelo menos com a medalha de bronze. A exemplo do
que aconteceu no K1, a medalha de ouro ficou com a australiana Jessica Fox, que
marcou 109s07, quase cinco segundos de vantagem sobre a segunda colocada, a
britânica Mallory Franklin.
K1 Extreme Masculino
Na versão masculina do K1 Extreme, o melhor desempenho entre
os brasileiros foi de Pedro Henrique Gonçalves, que chegou até a semifinal.
Fábio Rodrigues não passou das oitavas de final.
Fonte: Visão Notícias com Mídia News
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